Mestrando em Bioantropologia do PPGA Participa de Grupo de Trabalho na 33ª Reunião Brasileira de Antropologia


O mestrando em Bioantropologia do PPGA e membro do LEBIOS Uriel Melquisedeq Lopes Coelho apresentou recentemente o trabalho Contribuições para uma perspectiva biossocial das relações entre evolução urbana e riscos à saúde no contexto urbano-periférico da cidade de Belém/Pará (https://www.33rba.abant.org.br/trabalho/view?ID_TRABALHO=1564), no GT 49 intitulado “Integrando biologia e cultura: história, pesquisas atuais e perspectivas futuras” realizado durante a 33ª Reunião Brasileira de Antropologia (https://www.33rba.abant.org.br/). O trabalho foi apresentado on-line na Sessão Ciência, Corpo e Saúde do GT. Esta foi a primeira participação de Uriel em um evento nacional de antropologia, demonstra a amplitude das pesquisas em bioantropologia na UFPA e reforça o grupo de trabalho sobre antropologia nos quatro campos organizado pelos Profs. Drs. Pedro da Glória, também do PPGA, e Verlan Vale Gaspar Neto, da UFRRJ.

Resumo
A apropriação do espaço pelo Estado e pela iniciativa privada é uma característica inerente à evolução do meio urbano moderno, constituindo um aspecto central em diversos debates nas Ciências Humanas. Muitos avanços nesta área são reconhecidos no que tange à identificação dos elementos históricos, políticos, econômicos, culturais, etc. envolvidos neste processo, bem como sobre os diferentes impactos sociais que estes geraram para os grupos que habitam grandes cidades. Na Bioantropologia brasileira, no entanto, poucas contribuições ainda foram feitas conectadas a esta temática, especialmente no que se refere à especificidade do contexto urbano amazônico. Neste sentido, este trabalho visa oferecer contribuições para uma perspectiva biossocial da evolução do espaço urbano belenense e seus potenciais impactos para a saúde da população periférica. Para tanto, busca-se analisar alguns dos principais aspectos históricos ligados à formação da cidade de Belém a partir do século XIX, problematizando as suas relações com a posterior segregação espacial expressa no meio urbano e a criação de vulnerabilidades socioambientais que colocam riscos à saúde nas regiões periféricas. Os dados utilizados partem de fontes bibliográficas e documentais que abordam alguns dos principais processos, atores e fatores envolvidos na evolução urbana belenense, sendo estes posteriormente discutidos à luz de indicadores de vulnerabilidade socioambiental e de teorias bioantropológicas da saúde. A análise destas questões é importante porque a formação do espaço urbano envolve a interação de múltiplos fatores que interferem na saúde ambiental e coletiva, sendo muitos deles possíveis de serem abordados pelas teorias e métodos da bioantropologia. Tal aproximação favorece, deste modo, tanto o enriquecimento deste campo quanto de outros interessados em introduzir a perspectiva bioantropológica em pesquisas sobre a evolução urbana.


PARABÉNS ao Uriel pelo sucesso do trabalho.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mulheres na Bioantropologia

Ilha do Marajó: Fome e Determinantes Sociais da Saúde no Contexto da Pandemia

Bioantropologia: O Que é?