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Mostrando postagens de agosto, 2021

ANTROPOLOGIA FORENSE E DIREITOS HUMANOS NO DIA INTERNACIONAL DAS VÍTIMAS DE DESAPARECIMENTO FORÇADO

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  Milhares de pessoas desaparecem todos os anos no mundo e no Brasil, por diversas razões, grande parte ligada a tráfico de pessoas, crimes ligados a drogas ilícitas, abusos de direitos humanos pelas autoridades, doença mental, e diferentes formas de violência interpessoal ou social. Muitas jamais são encontradas, causando enormes sofrimentos a seus familiares. As técnicas de antropologia forense são fundamentais para a identificação das pessoas desaparecidas e o LEBIOS tem acompanhado de perto os debates nacionais e internacionais para a garantia dos Direitos Humanos.   Em 30 de agosto de 2021, é celebrado o Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimento Forçado , que foi instituído em 2010 pela Assembleia Geral das Nações Unidas ( https://en.wikipedia.org/wiki/International_Day_of_the_Disappeared ) Nesse dia os parceiros da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos do Ministério da Justiça (RIBPG) ( https://www.cgp.sejusp.ms.gov.br/investigacoes-criminais-auxiliadas-pela-r

Bioantropologia Rebate as Notícias Falsas (Fake News) em Circulação sobre as Vacinas Contra a COVID-19

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A chegada da variante Delta do SARS-CoV-2 ao Brasil reacende o alerta para o fato de que a COVID-19 ainda continua a ser um perigo entre nós. Esta cepa resulta de mecanismos adaptativos do vírus que, através da seleção natural, se ajusta ao sistema imune e evolui, se tornando mais eficiente em infectar o hospedeiro humano. No momento, a única forma eficaz de combater a doença e oferecer à humanidade a chance de retomar as atividades regulares o mais breve possível é através da vacinação em massa. As vacinas são um mecanismo adaptativo biocultural que nos permite aumentar a resistência do organismo através da redução da mortalidade, ao mesmo tempo em que, por reduzir significativamente a carga viral, evita o surgimento de novas cepas que, nas pessoas não vacinadas, podem ser mais contagiosas como a Delta, ou talvez mais letais. No entanto, dezenas de notícias falsas ( fake News ) continuam a correr as redes sociais, levando milhões de pessoas a deixar de se vacinar e até mesmo algumas

Sobre literatura, antropologia e medicina

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  A literatura também tem lugar no Blog do LEBIOS, por isso abrimos espaço para alguns comentários sobre a obra “ Um Avesso Perfeito ” (Editora Penalux, Guaratinguetá, SP, 2021), da Dra. Lilia Figueiredo. Esse romance de época é o terceiro da autora. Neles ela usa seus conhecimentos de medicina e excelente pesquisa histórica, para nos fazer viajar no tempo e conhecer um pouco mais sobre os costumes, modos, ambientes e gentes do Brasil no século XIX. Um bom romance histórico é sempre um estudo antropológico, pois descreve pessoas, sociedades e tempos, e analisa suas relações socioecológicas. A autora usa ambientes, eventos e pessoas reais do período imperial para interagir com seus personagens, se preocupa em dar um tratamento adequado e sensível ao tema da escravidão, e faz um pronunciamento exemplar sobre seu posicionamento nos temas sensíveis logo no começo do livro A personagem central, Liége Ranwez, é uma jovem apaixonada pela medicina, mas na época o curso não admitia mulheres

Entrevista: “Resistir para continuar existindo”

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" A nossa resistência enquanto Povos Indígenas nas Amazônias está também naVacina contra a COVID19 e na prevenção com o uso das máscaras" ( Eliene  Putira Sacuena ) Eliene dos Santos Rodrigues Putira Sacuena é indígena, da etnia Baré, e faz parte de um grupo em expansão nas universidades públicas, especialmente na UFPA: os indígenas estudantes com formação acadêmica. Formada em Biomedicina, Putira Sacuena é mestra em Antropologia, na área de Bioantropologia, e cursa o doutorado no Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA/IFCH) da UFPA. Integra a Articulação Brasileira de Indígenas Antropóloges (ABIA), fundada por indígenas com formação acadêmica em Antropologia, os quais buscam congregar suas expertises às experiências dos movimentos indígenas e projetos de autodeterminação de territórios. Ela também assessora a Associação dos Povos Indígenas da UFPA e atua na equipe de pesquisadores do Projeto  Estudo de prevalência, vigilância epidemiológica e biomarcadores de infecç