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Mostrando postagens de setembro, 2018

A Bioantropologia Brasileira está de luto!

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O falecimento do Prof. Salzano e do Prof. Horácio são grandes perdas para a ciência  nacional. Salzano foi um dos precursores da antropologia genética no Brasil, um dos membros fundadores e também  presidente da Associação Latino Americana de Antropologia Biológica (ALAB) e apoiador de primeira hora da criação do PPGA (Programa de Pós-Graduação em Antropologia) da UFPA. O Prof. Schneider era respeitado mundialmente  e foi um dos criadores do Programa de Genética da UFPA. Uma das mais expressivas lideranças acadêmicas e científicas da Amazônia e do País, o professor Horacio Schneider exerceu diversas funções na UFPA, incluindo as de reitor em exercício, vice-reitor, pró-reitor de Planejamento e diretor do Instituto de Estudos Costeiros do Campus de Bragança, sempre acumulando o respeito e o carinho de toda a comunidade. Na atual gestão, exerceu a função de pró-reitor de Relações Internacionais e colaborou com diversos projetos estruturantes para a UFPA. Horacio Schneider

Novas Mestre e Doutora ampliam a diversidade e a atuação dos graduados na área de bioantropologia do PPGA. PARABÉNS!

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No último dia 21 de Setembro, ocorreu a defesa de dissertação da Mestre Eliene dos Santos Rodrigues, intitulada "SAÚDE DA MULHER INDÍGENA: Antropologia e Câncer do Colo de Útero nas etnias Xikrin do Cateté, Assurini do Trocará no Pará, Amazônia" e, a defesa da tese da Doutora Vivianne Nunes da Silva Caetano, intitulada "Sem o Bolsa fica escasso, com o Bolsa é mais avortado!": as influências do Programa Bolsa Família nas estratégias alimentares de uma comunidade ribeirinha da Amazônia marajoara . Defesa de dissertação por Eliene dos Santos Rodrigues Eliene dos Santos Rodrigues é i ndígena da etnia Baré e Mestre pelo Programa de Pós Graduação em Antropologia, na concentração em Bioantropologia; na linha pesquisa Genética Forense. Graduada em Biomedicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Bolsista de Iniciação Cientifica pela Fundação Amazônia Paraense de Amparo à Pesquisa (FAPESPA) no Laboratório de Genética Humana e Médica da UFPA . Tem experiên

I Seminário de Bioantropologia do GEB-Pa

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No dia 19 de Outubro ocorrerá o I Seminário de Bioantropologia , promovido pelo Grupo de Estudos em Bioantropologia do Estado do Pará (GEB-Pa). As inscrições podem ser realizadas através do link:  https://goo.gl/forms/jKXhKTIMTf7rP0Z92 Para mais informações acompanhe o link de acesso ao Blog do GEB-Pa :  http://bioantropologiadopara.blogspot.com/2018/09/i-seminario-de-bioantropologia-do-geb.html

I Seminário de Bioantropologia do GEB-PA/UEPA: 19 de Outubro de 2018 - Inscrições Gratuitas Abertas!

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A Bioantropologia "investiga os processos evolutivos e adaptativos bioculturais e a relação com o ambiente natural desde os ancestrais primatas (primatologia), os hominíneos do passado (paleoantropologia) até as populações humanas contemporâneas (biologia humana), e auxilia nos estudos das bases biológicas e sócio-ecológicas do comportamento humano no passado e no presente, contribuindo para a integração dos campos da antropologia e para compreensão do fenômeno Humano" . O Grupo de Estudos em Bioantropologia do Pará – GEB-Pará/UEPA visa disseminar pesquisas e perspectivas no campo da Bioantropologia a fim de socializar as diversas áreas de atuação dos Bioantropólogos recém-formados no Brasil, com a intenção de abrir um espaço de debate nessa nova área científica que se inicia na Amazônia. Desse modo, o GEB-Pará/UEPA gostaria de convidar a comunidade acadêmica da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e demais interessados a participar do   I Seminário de Bioantrop

CARTA ABERTA AOS MINISTÉRIOS DA EDUCAÇÃO E DA CULTURA

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Aos Ilmº Sr. Rossieli Soares da Silva Ministro da Educação Ilmº Sr. Sérgio Sá Leitão Ministro da Cultura Senhores Ministros, No dia em que vimos queimar o acervo do Museu Nacional naquela que já vem  sendo amplamente reconhecida como uma “tragédia anunciada”, nos reportamos à  Vossas Excelências, apontando os problemas dos museus universitários no Brasil e  esperando ações efetivas antes que outras “tragédias anunciadas” se repitam. O Museu Nacional é um museu universitário, caracterizado pela vinculação ao  “princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão” que está exposto no  artigo 207 da nossa Constituição. Como ele existem no Brasil milhares de museus e  coleções cujo acervo é composto por bens culturais de todas as áreas da ciência e da  tecnologia, assim como olhares de obras de arte, livros e documentos raros. Estes museus e coleções preservam “bens tangíveis e intangíveis relacionados com as instituições de en

SOMOS TODOS MUSEU NACIONAL

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Professor do Museu Nacional fala sobre a tragédia para a ciência e a área de Bioantropologia.

Setembro/2018 Ricardo Ventura Santos * Exatamente neste ano de 2018, quando se comemora os 200 anos da fundação do Museu Nacional, também completo 25 anos como professor na instituição. Esse quarto de século de minha vida se transformou completamente após ler, num piscar de olhos, uma mensagem de celular de uma colega no domingo à noite indicando que o chamado Palácio estava em chamas. Os dois segundos da leitura da mensagem, que ficarão eternamente registrados na minha vida, foram acompanhados por duas horas de fogo que transformaram uma instituição de dois séculos em escombros. Macabra coincidência de temporalidades múltiplas. Como milhões de outras pessoas, passei infindáveis horas daquela noite de domingo assistindo a um horripilante ballet de chamas. Iniciada na parte frontal direita do edifício, presenciei estarrecidos o caminhar da tragédia. Nós, professores, técnicos, alunos e estagiários, mesmo que fisicamente distantes, cada um em sua casa aterrorizado na frente de sua

Museu Nacional e UFRJ são indissociáveis

A respeito de informações que especulam a desvinculação entre o Museu Nacional e a UFRJ, a Universidade informa à sociedade: Qualquer medida a fim de retirar da UFRJ o Museu Nacional representaria ato arbitrário e autoritário contra a autonomia universitária e a comunidade científica do país. O Museu Nacional não é uma instituição dedicada exclusivamente à guarda de acervo. Além da guarda dessa memória, da cultura do país e do mundo, ali se produz conhecimento, ciência de ponta reconhecida pela Capes com a nota 7, maior índice de avaliação possível para uma instituição acadêmica no Brasil. O Museu Nacional é uma unidade da UFRJ de ensino, pesquisa e extensão, cuja indissociabilidade é prevista no artigo 207 da Constituição Federal. O corpo altamente qualificado de docentes, pesquisadores, estudantes e servidores técnico-administrativos em educação do Museu jamais poderia se submeter a uma Organização Social ou qualquer outra instituição que não seja a UFRJ.

NOTA DE SOLIDARIEDADE AO MUSEU NACIONAL DO RIO DE JANEIRO

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Nós, da Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia, externamos nosso apoio e solidariedade a toda a comunidade do Museu Nacional (estudantes, técnicos, colaboradores e docentes-pesquisadores). Não encontramos palavras para expressar tamanha tristeza frente a tragédia que arruinou o Museu Nacional e devastou, na quase totalidade, o acervo de relevância antropológica, etnológica, geológica, botânica, zoológica, paleontológica, histórica e cultural; o mais importante do Brasil, sem dúvidas, e um dos mais significativos do mundo. As comunidades científicas do Brasil e do estrangeiro, nesta data de 3 de setembro de 2018, não encontram alento para a horrenda destruição, como esta que devorou tão rapidamente o nosso Museu Nacional. Anos a fio de pesquisa, décadas de trabalho e dedicação a este patrimônio dos brasileiros e da humanidade, de repente, desaparecem, justo no ano de seu bicentenário. O Museu Nacional ardeu, consequência do descaso do Estado Brasileiro e da escassez de re

Nota da Associação Brasileira de Antropologia – Perda de acervo irrecuperável; ABA em luto pelo Museu Nacional

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A Associação Brasileira de Antropologia (ABA), em nome da comunidade brasileira de antropólogos e antropólogas, está de luto. O Museu Nacional em chamas deixou a comunidade antropológica chocada e, na primeira hora, entre emudecida pela tristeza e mobilizada pela indignação. Mas o que cabe a nós falar? Mais uma nota que cairá no vazio dos últimos governos diante do descaso face a precariedade   das condições materiais do Museu Nacional?  Face ao descaso dos últimos anos com a cultura, a ciência e a pesquisa? A Antropologia perde um acervo único da diversidade cultural dos povos indígenas, conseguido através de pesquisas etnográficas e etnológicas. Acervo irrecuperável. Nada sobrou da coleção etnológica e nada sobrou do espaço de trabalho e ensino de antropologia. O Brasil perde espaço histórico e vivo de produção de cultura, de ciência e da memória histórica brasileira. Coleções de antropologia, paleontologia, arqueologia, botânica, zoologia, mineralogia e da história de tempo

A BIOANTROPOLOGIA DA UFPA, DO BRASIL E DO MUNDO ESTÁ DE LUTO. UMA PERDA IRREPARÁVEL PARA A CIÊNCIA NACIONAL.

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" O museu é uma instituição permanente sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público, que adquire, conserva, investiga, comunica e expõe o patrimônio material e imaterial da humanidade e do seu meio envolvente com fins de educação, estudo e deleite. " (ICOM) Algumas perdas possuem um caráter difícil de superar, mas com resiliência é possível lidar melhor através de lembranças, de memórias e histórias positivas. Pensando assim, é com muita lamentação que noticiamos essa tragédia com o Museu Nacional - Rio de Janeiro, porque nele estavam as nossas memórias, tesouros, lembranças, pesquisas, o nosso passado, presente e futuro.