Blog Bioantropologia na Amazônia

  E-book lançado hoje pela Abrasco, com contribuições do coordenador do LEBIOS e outros pesquisadores, apresenta conjunto de dados e debates sobre a saúde da população negra na pandemia. Para celebrar o 27 de outubro, Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra e dar início às manifestações que vão marcar novembro, o mês da consciência negra, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco, por meio de seu Grupo Temático Racismo e Saúde (GT Racismo/Abrasco), lança a publicação digital População Negra e Covid-19 . A obra reúne 13 artigos assinados por docentes e pesquisadores de diversas instituições dedicados a vários aspectos da temática da saúde da população negra, integrantes do GT Racismo/Abrasco e parceiros. É também mais um dos resultados do apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA/Brasil) à Associação . Iniciado em 2020, este apoio teve como objetivo produzir insumos técnico-científicos a partir de estudos e análises sobre a situação da pandemia da

  Casas ribeirinhas em Caxiuanã. Foto: Hilton P. Silva      Os cursos de Mestrado e Doutorado do PPGA são os únicos no Brasil a oferecer com foco em Bioantropologia. O curso foi criado em 2009 e tem a proposta de integrar os diversos sub-campos clássicos da Antropologia - Arqueologia, Bioantropologia, Linguística e Antropologia Social – de forma a preparar melhores profissionais para o mercado de trabalho e para atuar nas políticas públicas amazônicas, que por sua grande complexidade exigem formação interdisciplinar. Os professores são profissionais de destaque nacional e internacional em suas áreas de conhecimento e possuem larga experiência em pesquisa, ensino e extensão. O PPGA atualmente tem nota 5 na CAPES e é avaliado como um dos 5 melhores programas de pós-graduação em antropologia do país. Além da Bioantropologia, o programa também oferece formação em Arqueologia que é pioneira nos estudos de diversas culturas pré-históricas amazônicas. A Linguística Antropológica está em proc

 Hilton P. Silva "Por me ostentar assim, tão orgulhoso  de ser não eu, mas artigo industrial, peço que meu nome retifiquem. Já não me convém o título de homem, meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente."  (Eu, etiqueta  -  Carlos Drummond de Andrade)                 Em 2007 fui convidado para fazer uma palestra sobre Antropologia da Moda para um curso superior de Design e Moda. Na ocasião eu abordei a “evolução” das vestimentas, desde seu objetivo eminentemente adaptativo, com registros arqueológicos datando de mais de 150 mil anos, inicialmente na Ásia, até as características identitárias da contemporaneidade, quando roupa pode ser sinônimo de status social, de identificação étnica, de avanço tecnológico e, até, servir como um mecanismo adaptativo cultural altamente sofisticado para as diferentes condições ambientais em tempos de mudanças climáticas globais. Usei como parte da discussão um artigo da Folha de São Paulo, publicado em 20/06/2004, intitulado “Padrões da

  O artigo, no campo de história da antropologia, uma das especialidades do periódico, foi publicado no volume 8, número 1, 2021, sendo a matéria da capa da revista. Nele os autores Hilton P. Silva (LEBIOS/PPGA/UFPA) e Gilberto F. Aguiar (CCH/MPEG) apresentam a trajetória e os desafios das pesquisas pioneiras de campo em antropologia biológica na Amazônia, na década de 1980, e comparam a situação dos quilombolas de então com o quadro socioecológico atual, na perspectiva de resgatar a história da disciplina e subsidiar a análise e a implementação de políticas públicas voltadas para esses grupos. Família em frente ao Pacoval. Foto: Hilton P. Silva, 1989. PACOVAL UM MOCAMBO AMAZÔNICO: UMA VIAGEM REVISITADA Resumo Em 1989 um grupo de jovens pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi fez uma viagem para o município de Alenquer, Estado do Pará, para conduzir o primeiro trabalho de campo em Bioantropologia entre os quilombolas da comunidade do Pacoval. Neste artigo, a viagem é revisitada