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Mostrando postagens de outubro, 2018

A Bioantropologia do Pará amplia horizontes de atuação e ganha prêmio em outubro

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Outubro tem sido um mês agitado para a Bioantropologia dentro e fora do Pará. Muitas atividades, em diferentes locais, tem demonstrado os múltiplos potenciais e interfaces da área, apontado um amplo leque de oportunidades para os estudantes interessados, e mostrando nossa atuação nos mais diversos campos. No período de 12 a 17 de outubro, a Associação Brasileira de Pesquisadores e Pesquisadoras Negros (ABPN) ( https://www.abpn.org.br/ ) promoveu em Uberlândia, MG, o X Congresso Brasileiro dos Pesquisadores e Pesquisadoras Negros (COPENE), que reuniu cerca de 4 mil pessoas, entre estudantes, movimentos sociais, acadêmicos e instituições no campus da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), para discutir, analisar e fazer proposições sobre uma ampla gama de questões pertinentes à população negra brasileira ( https://www.copene2018.eventos.dype.com.br/ ). O tema geral do Congresso foi: (Re)Existência Intelectual Negra e Ancestral , tendo como uma das suas temáticas mais relevantes

Luzia, a esperança que ressurgiu das cinzas

Querida Luzia Que alegria revê-la. Que alívio. Por pouco mais de um mês, pensei que você jamais voltaria e isso era mais do que perder um fóssil de uma mulher que viveu há 11.500 anos. Era como se, sem esse fio da meada, ficássemos perdidos, desterrados. A notícia alvissareira que acaba de ser publicada é a de que, numa caixa de ferro parcialmente derretida, dentro de um armário destruído, nos escombros do museu que ardeu em chamas, lá estava você resistindo. Não sei por que você, ao morrer, foi colocada na fenda de uma caverna na Lagoa Santa, Minas Gerais, para voltar ao pó. Nem sei por que, desafiando toda a ordem da natureza, quis ficar pelos milênios nos aguardando. Nada sei desse seu passado, mas gostaria de falar do tempo recente em que seu crânio foi estudado e se transformou em orgulho nacional, porque sua existência provava que era nossa, era brasileira, a mulher mais antiga das Américas. Você explica, ao surgir, a nossa origem, nos ensina a permanência, nos enraíza. S