AMAZONIZA-TE: CONSTRUINDO REDE DE AFETOS

 


Formado por lideranças indígenas, quilombolas, camponesas, organizações, movimentos sociais e populares, universidades, docentes e discentes de vários estados da Amazônia, o “Amazoniza-te” será realizado pela primeira vez em 2020 e já apresenta uma proposta arrojada com tema “Construindo rede de afetos”. O propósito é apoiar os diversos povos na Amazônia que se encontram em situação de vulnerabilidade, agravada com o atual momento de pandemia que evidencia a realidade cruel intensificada pela falta de assistência e de serviços de apoio e cuidado nas áreas de saúde, educação, segurança alimentar, etc. Buscamos o alcance e a viabilização desses direitos que são fundamentais a todxs.

A Amazônia tem a sua história e vivência marcada pelo genocídio e etnocídio. A pandemia que atualmente assola o mundo é mais um fator de ameaça aos povos originários e tradicionais, que, apesar de tudo, resistem, existem e persistem. Diversas são as táticas de resistências dos povos da Amazônia para garantir a continuidade de sua existência e reprodução sociocultural, inclusive no campo da saúde. Uma resistência que luta contra os avanços dos grandes projetos colonizadores, provocadores de conflitos de terra, genocídio, etnocídio e o ecocídio. Na Amazônia centenas de etnias indígenas e comunidades remanescentes de quilombos, com históricos  singulares, continuam a existir e resistir em seus territórios/terras e a desenvolver suas práticas culturais e estratégias de sobrevivência, principalmente os que se encontram ameaçados pelos mais diversos vetores sociais, ambientais, econômicos, climáticos, políticos e industriais. 

Temos o dever ético de RESPEITAR os vários saberes e COSMOGENIAS dos diversos povos do Brasil e da Amazônia. Qual a perspectiva ética que norteia nossas práticas? Como lidamos hoje com esses diversos saberes, suas crenças e fé? Qual é nosso lugar de escuta e de diálogo com os povos da Amazônia?

Nos propomos a somar com outras iniciativas em curso, formando acordos e parcerias para a realização do “Amazoniza-te” por meio de ações virtuais em formato de webnários e, junto com os demais movimentos e lideranças, agregar e construir uma rede de apoio e solidariedade. 

A primeira edição do “Amazoniza-te” ocorrerá no dia 28 de agosto. O webnário será realizado às 19h, pela plataforma Zoom (com apoio da equipe de tecnologia da UFPA), e marcará o lançamento da campanha de apoio financeiro e logístico às comunidades. 

Participe e colabore. AMAZONIZA-TE! Venha conosco CONSTRUIR REDE DE AFETOS!

Grupo de parcerias e rede de apoio que integram o Amazoniza-te:

  • Integrantes de universidades (IFES) da Amazônia e movimentos.

  • Integrantes da Coordenação de Associações de Quilombos do Pará- MALUNGU

  • Associação dos Povos Estudantes Indígenas da Universidade Federal do Pará (APYEUFPA)

  • Associação de Estudantes Quilombolas da UFPA (ADQ-UFPA).

  • Lideranças indígenas dos povos Munduruku, dos Awá, dos Amanayé.

  • APÃWA – Associação do Povo Awã Canoeiro

  • Discentes e docentes das Universidades: Federal do Pará (UFPA), Federal do Oeste do Pará (Ufopa), Instituto Federal do Pará (IFPA), iniciando diálogo com a Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), a Federal Rural da Amazônia (UFRA), a Federal do Tocantins (UFT), e a Federal do Amapá (UNIFAP). 

  • Conselho Regional de Psicologia

  • Grupo Mídias Alternativas na Amazônia CNPQ-UFPa

  • Núcleo de Estudos Interdisciplinares em Sociedades Amazônicas, Cultura e Ambiente – Sacaca/Ufopa.

  • Laboratório de Estudos Bioantropológicos em Saúde e Meio Ambiente (LEBIOS/CNPq).

  • Projeto Saúde, Cidadania e Direitos Humanos- IQ/UFPA.



 https://www.facebook.com/Amazonizate-Construindo-Rede-de-Afetos-106363571191159

amazonizaterede@gmail.com 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Bioantropologia: O Que é?

Ilha do Marajó: Fome e Determinantes Sociais da Saúde no Contexto da Pandemia

Mulheres na Bioantropologia