Em Novembro o LEBIOS Participa da 20ª Mostra Internacional do Cinema Negro com Vídeo e Capítulos de Livros
Folder da 20ª Mostra Internacional de Cinema Negro (20ª MICINE). |
Encerrando as atividades do Mês da Consciência Negra, a equipe do LEBIOS esteve amplamente envolvida nas atividades e lançamentos realizados durante a 20ª Mostra Internacional do Cinema Negro (MICINE), realizada em São Paulo, no período de 18 a 22 de novembro (https://www.sesisp.org.br/cultura/cultura/noticia/sesi-sp-e-20a-micine---parceria-celebra-duas-decadas-de-difusao-da-inclusao-cultural).
Mais que uma exibição de filmes aberta ao público, a Mostra é um grande evento cultural da capital paulista, mobilizando instituições, artistas, escritores, produtores, cinéfilos, pesquisadores, estudantes e ativistas, brasileiros e africanos, envolvidos com o movimento negro e a luta antirracista.
Mais informações sobre a programação completa da Mostra em: https://jornal.usp.br/diversidade/filmes-ineditos-de-docentes-da-usp-serao-exibidos-na-20a-mostra-de-internacional-de-cinema-negro-em-sao-paulo/ E https://www.gazetasp.com.br/entretenimento/sesi-promove-mostra-internacional-de-cinema-negro-em-sao-paulo/1146601/
Neste ano, a equipe do LEBIOS é representada através da exibição do filme Por Terra, Céu e Mar: Histórias e Memórias da Segunda Guerra Mundial na Amazônia (2013), produzido e dirigido pelos profs. Hilton P. Silva e Elton V. Souza, que será exibido no dia 7 de dezembro a partir das 19:00 (https://www.sesisp.org.br/evento/7af4df90-4b32-49a6-94ac-f134bbbce92f/20-micine-sessao-de-curtas-e-media-metragem) e da participação em capítulos de duas obras acadêmicas lançadas ao longo da semana do feriado de 20 de novembro.
Na segunda-feira, dia 18/11, foi lançado o livro Reescrevendo a História com as Mãos Negras: homenagem à trajetória de Orlando da Mata.
Capa do livro "Reescrevendo a História com as Mãos Negras: homenagem à trajetória de Orlando da Mata". |
O objetivo dos organizadores e autores da obra é explorar como a instituição do escravismo moldou as relações sociais e econômicas, perpetuando desigualdades interseccionadas por raça, gênero, etnia, cor e sexualidade no Brasil. O livro evidencia os impactos da escravidão na sociedade brasileira, desde o apagamento sistemático das contribuições negras na literatura e na arte até a perpetuação de discursos e práticas racistas nas instituições contemporâneas. A coletânea reúne artigos e reflexões de especialistas, acadêmicos e ativistas, promovendo uma visão holística e interdisciplinar que abrange história, economia, sociologia, antropologia, psicologia, educação e arte. Ao problematizar o racismo estrutural e semântico, o livro denuncia as nuances da violência racial e a perpetuação de mitos que excluem a riqueza cultural miscigenada do Brasil. Reescrevendo a História com as Mãos Negras é uma convocação pedagógica para a mobilização, o engajamento, e a formulação de políticas públicas que garantam o respeito à diversidade e a defesa de uma educação antirracista.
Iniciando na página 260 encontra-se o capítulo Maria Luiza de Carvalho Nunes, Liderança Quilombola Paraense, de Hilton P. Silva, Karoline Beatriz Oliveira Barroso e Uriel Melquisedeq Lopes Coelho, todos do PPGA e do LEBIOS. O texto foi construído a partir de uma bela entrevista realizada com a Profa. Maria Luiza, ativista quilombola paraense e uma das fundadoras do CEDENPA, reconhecida por sua luta antirracista e em defesa dos povos da Amazônia.
O livro está disponível para download em:
Na sexta-feira, dia 22 de novembro, em uma grande cerimônia de encerramento da MICINE no Teatro do SESI, no coração da Avenida Paulista, foi lançado o livro Cinema Negro: 20 anos de questionamentos e realizações. Homenagem ao pensamento de Luiz Felipe de Alencastro.
Capa do livro "Cinema Negro: 20 anos de questionamentos e realizações" |
Lançada com a presença do homenageado e diversos autores, a obra celebra as duas décadas de realização da Mostra Internacional de Cinema Negro (MICINE), dirigida pelo cineasta Prof. Dr. Celso Luiz Prudente, e traz como tema: “20 anos de questionamentos e realizações”. Esta publicação seminal para a literatura do audiovisual nacional, propõe uma ampla reflexão sobre a dinâmica da educação nas relações étnico-cinematográficas da africanidade e da diversidade. Há vinte anos a MICINE vem construindo uma trajetória de ampliação e aprofundamento das discussões sobre a representatividade e a diversidade nas narrativas cinematográficas étnico-raciais no Brasil. Desde sua primeira edição, a Mostra contribui para a circulação de filmes e o debate acadêmico, com a publicação de livros de múltiplos autores e olhares, além de apresentações musicais, palestras, seminários, premiações e exibição de centenas de produções audiovisuais, de realizadores de diversos países. No contexto brasileiro, os 20 anos da MICINE a coloca não apenas como resistência, mas também como contraponto às narrativas dominantes, funcionando como uma plataforma de visibilidade para as questões que afetam diretamente as comunidades negras no país, além de contribuir para a promoção de educação artística e antirracista, e o diálogo Sul-Sul.
Prof. Hilton Silva com o homenageado da Mostra, Prof. Luiz Felipe de Alecanstro, no lançamento do livro. |
A partir da página 393 se encontra o capítulo FICCA, Afrikateua e Cinemateua: contribuições do “Cinema de Guerrilha” para o Cinema Negro na Amazônia, de autoria de Francisco de Assis Weyl, Danilo Gustavo Silveira Asp e Hilton P. Silva, que aborda, através de uma perspectiva da Antropologia Visual, as contribuições das ações de formação, produção e apresentação de audiovisual entre populações quilombolas paraenses realizadas pelos autores ao longo da última década, visando a educação para as relações étnico-raciais, a luta antirracista e a valorização das comunidades quilombolas.
O livro está disponível para download em: https://www.livrosabertos.abcd.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/1463
A 20ª MICINE é um evento histórico para a produção audiovisual e acadêmica sobre a luta antirracista no Brasil. O LEBIOS e o PPGA, através de suas produções no campo da Antropologia Visual e da Bioantropologia, contribuem para dar visibilidade nacional e mundial às populações vulnerabilizadas do Pará e à necessidade de políticas públicas específicas para a região Amazônica.
Comentários
Postar um comentário