Blog Bioantropologia na Amazônia

  Neste mês de dezembro a Associação Brasileira de Antropologia Forense (Abraf) divulgou a publicação do volume 4 do Brazilian Journal of Forensic Anthropology & Legal Medicine (BJFA&LM). A revista está integralmente disponível On-line no site www.bjfalm.periodikos.com.br e neste número inclui o artigo “Death, dismemberment, and bite marks in Amazonia: A case study in Forensic Anthropology” (BJFA&LM, 4: 171-185, 2021), dos Drs. Hilton P. Silva, da bioantropologia do PPGA, Claudia Plens, do Laboratório de Estudos Arqueológicos e do Centro de Arqueologia e Antropologia (NEPAAF/CNPq) da UNIFESP; Camilo Souza, da UFF e Claudia Carvalho, do Museu Nacional da UFRJ. O texto apresenta o relato inédito de um caso ocorrido na região amazônica e é mais uma contribuição do LEBIOS e da linha de pesquisa em Antropologia Genética e Forense do PPGA para a ciência brasileira. Resumo Em 2001, durante um treino militar, três pessoas foram envolvidas num naufrágio perto da Terra Indígena

  Dando continuidade às atividades relacionadas ao mês da Consciência Negra, a coletânea “Saúde-doença-cuidado de pessoas negras: expressões do racismo e de resistência”, da coleção Ciências da Saúde, que tem participação de pesquisadores do LEBIOS, foi disponibilizada no mês de dezembro pela Editora da UFBA ( https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34604 ) . A obra reúne trabalhos apresentados no I Seminário Norte-Nordeste sobre Saúde da População Negra : Uma Abordagem Interdisciplinar e Interseccional, realizado em Salvador, trazendo   resultados e reflexões baseadas em pesquisas e práxis político-social no campo da Saúde Coletiva, sendo um dos produtos do Programa de Cooperação Acadêmica (PROCAD-AM/Capes) entre três programas de pós-graduação - Saúde, Ambiente e Sociedade na Amazônia da Universidade Federal do Pará (PPGSAS/UFPA), Saúde Coletiva da Universidade Estadual de Feira de Santana (PPGSC/UEFS) e Saúde Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahi

A equipe de pediatria da UFPA, que realiza atividades de ensino e serviços na Unidade Municipal de Saúde do Guamá, tinha um sonho natalino de conseguir novos equipamentos para a avaliação de saúde das crianças atendidas naquela unidade pública. Ao saber da demanda, os pesquisadores do Projeto " Formação do Microbioma Intestinal Infantil: uma investigação biocultural", uma parceria entre o PPGA e o PPGSAS da UFPA, o Departamento de Antropologia da Ohio State University e a Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, que trabalham em parceria com a UMS desde 2020, recrutando mães e bebês para participarem do estudo, se solidarizaram com esta importante causa e solicitaram alocação especial de recursos para a aquisição de um kit. Após a aquisição de um conjunto completo de equipamentos pelo coordenador do LEBIOS, membros da equipe do projeto microbioma se dirigiram à Unidade de Saúde no dia 21 de dezembro para entregar o material à Dra. Kátia, professora da

Ainda são poucos os livros sobre evolução humana produzidos no Brasil. O mais recente, “O Meteoro Bípede”, de Marcelo Nivert Schlindwein (EduFSCar, 2021) tem o prefácio escrito pelo professor visitante de bioantropologia do PPGA Dr. Helbert Medeiros Prado.  O que nos faz humanos e como fomos capazes de alterar o clima, a ecologia e a biodiversidade em escala planetária? Esta questão sintetiza as duas temáticas centrais abordadas no recém lançado “O meteoro bípede: crônica sonora do silencioso massacre inconsequente da biodiversidade”, de autoria do ecólogo e professor da UFSCar Marcelo Nivert Schlindwein. A primeira temática diz respeito à evolução do Homo sapiens como um fenômeno biocultural. A segunda trata do atual período geológico, o Antropoceno, definido como tal pelos efeitos da nossa espécie nas mudanças climáticas e nos ciclos biogeoquímicos do planeta. Estes dois grandes temas se entrecruzam na obra, conferindo densidade e unidade às reflexões propostas pelo autor

Ambulancha da SESMA. Fonte: Hilton P. Silva No dia internacional dos Direitos Humanos, 10 de dezembro, foi lançada a última edição do ano do Jornal Resistência. O número de dezembro de 2021, é dedicado a alertar a sociedade sobre a mortalidade seletiva e em larga escala ocorrendo no Brasil, aprofundada com a pandemia da Covid-19, que precisa ser observada sob a ótica da gradual desestruturação e falência de instituições brasileiras, que deveriam zelar pelo regime democrático e frear o avanço das perspectivas ultraneoliberais. A publicação histórica da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) noticia ainda a nova Coordenação Executiva da entidade; as denúncias dos povos indígenas da região do Tapajós; a campanha contra grilagem de terras; a formação histórica da região Transamazônica; a farsa da crise hídrica; as expressões de masculinidade negra; os direitos sexuais e reprodutivos e os desafios na área da saúde diante da pandemia; os 15 anos da Lei Maria da

Fonte: Hilton. Silva Nesta segunda-feira, dia 6 de dezembro, foi realizado o lançamento em rede nacional pela TVT do livro “Direitos Humanos no Brasil 2021” (https://youtu.be/yfaDoCwHcFg), publicado pela Rede Social de Justiça e Direitos Humanos (https://twitter.com/Rede_SJDH ,  https://www.facebook.com/redesocialdejusticaedireitoshumanos) A publicação analisa os principais avanços e retrocessos ocorridos no campo dos Direitos Humanos no país ao longo do ano. Essa edição é composta por 32 artigos escritos por 46 autoras e autores, pesquisadores e ativistas dos movimentos sociais. Os capítulos discutem a situação dos direitos fundamentais no Brasil relacionados à saúde educação, terra, proteção do meio ambiente e alimentação.   O capítulo “Desafios para a saúde da população negra e indígena: como e por que “esperançar” ”, que inicia na página 217, tem como autores a socióloga e sanitarista Raquel Souzas, o médico, bioantropólogo e coordenador do Lebio

  Capa Revista Política Democrática nº58, novembro, 2021 A revista Política Democrática , em sua 58ª edição, em versão impressa e digital, aborda os impactos da pandemia de Covid-19 sobre o Sistema Único de Saúde em 14 artigos produzidos por diversos pesquisadores e pesquisadoras de diferentes instituições no país, entre eles " Pandemia, Meio Ambiente e Autoritarismos: Interseções para Pensar o Mundo Pós-COVID-19 ", do Coordenador do LEBIOS, Prof. Dr. Hilton P. Silva (disponível em: https://www.researchgate.net/publication/356541267_Pandemia_Meio_Ambiente_e_Autoritarismos_Intersecoes_para_Pensar_o_Mundo_Pos-COVID-19 ) . Organizada pelo médico Luiz Santini, ex-diretor do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e pesquisador associado do Centro de Estudos Estratégicos Antonio Ivo de Carvalho (CEE-Fiocruz), a publicação traz análises a partir de múltiplos pontos de vista, entre eles, relação público-privado; meio ambiente; saúde global; epidemiologia e tecnologia e inovação. O lan

 

Quilombo do Mola. Foto: Hilton Silva   Como parte das atividades dos pesquisadores e pesquisadoras ligados ao LEBIOS e à bioantropologia ao longo do mês de novembro de 2021 foram realizadas palestras, rodas de conversa, sessões temáticas, mesas redondas e publicações, visando contribuir para o debate sobre a saúde da população negra brasileira e a importância da implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN). Em parceria com o Instituto Federal de Educação do Tocantins (IFTO), a convite da Profa. Dra. Sabrina Paiva, a Profa. Dra. Ariana Kelly Leandra Silva da Silva, coordenadora do Grupo de Estudos de Bioantropologia da Universidade do Estado do Pará (GEB/UEPA) e membro do LEBIOS ministrou, no dia 23/11, às 20:00h, a aula: "Saúde de Populações Afro-Brasileiras: Aspectos bioculturais e ambientais de populações ribeirinhas e quilombolas do Estado do Pará, da biologia à vulnerabilidade social" para o curso de Análises Clínicas. Apresentação Pr

A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) lançou no mês da consciência negra o e-book População Negra e Covid-19. A obra reúne 13 artigos publicados na imprensa brasileira ao longo de um ano. Os artigos acompanharam a trajetória da pandemia entre julho de 2020 e setembro de 2021 e apresentam estudos e análises sobre a situação da pandemia na população negra. Para falar sobre a publicação digital e a importância do Dia da Consciência Negra e de Zumbi dos Palmares, comemorado em 20 de novembro, o ‘Informe ENSP’ conversou com os membros da coordenação do GT Racismo e Saúde da Abrasco, Hilton Pereira da Silva e Diana Anunciação.  A publicação também é resultado do apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA Brasil) à Abrasco. A parceria entre as instituições começou em 2020 e teve como objetivo produzir insumos técnico-científicos a partir de estudos e análises sobre a situação da pandemia da Covid-19 na população negra, além de ampliar o intercâmbio com pesq

O Dia da Consciência Negra foi instituído em 2011 sendo resultado das demandas e mobilizações do Movimento Negro brasileiro como forma de ampliar a reflexão sobre a inserção e o papel da população negra na sociedade brasileira. A data foi estipulada em homenagem ao dia atribuído à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. A data, que tem sido comemorada ao longo de todo o mês de novembro, suscita debates sobre questões como racismo, discriminação, (des)igualdade racial e cultura afro-brasileira, bem como sobre as políticas públicas e ações afirmativas voltadas para a inclusão social e o respeito à diversidade étnico-racial. As pesquisas bioantropólogicas têm contribuído significativamente para demonstrar a homogeneidade biológica do gênero  Homo , bem como para explicitar os impactos das condicionantes sociais, ambientais, econômicas, políticas e étnico-raciais nas condições de vida e saúde das populações historicamente vulnerabilizadas. Os pesquisadores do LEBIOS têm trabalhado para plane

Como parte das atividades voltadas ao mês da consciência negra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), nesta quinta-feira a coordenação da Regional Norte da Sociedade estará realizando um webinário com o tema "Consciência Negra e Racismo" visando contribuir para ampliar o conhecimento da população sobre a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, o Estatuto da Igualdade Racial e outras políticas públicas que têm sido seriamente ameaçadas durante o período da pandemia de Covid-19. O Coordenador do LEBIOS, Prof. Dr. Hilton P. Silva, participará como palestrante convidado abordando questões relacionadas a situação de saúde das populações quilombolas paraenses, os desafios por elas enfrentados durante a pandemia, e como as comunidades têm se organizado para reduzir os impactos da chegada do SARS-CoV-2 e da ausência histórica do Estado. A live Consciência Negra e Racismo, no dia 18/11/2021, quinta-feira, ocorrerá a partir das 15:30h e

  Santiago Guimarães Hilton P. Silva Diorama H. bodoensis (Autor: Ettore Mazza. Fonte: BBC Brasil, https://www.bbc.com/portuguese/geral-59192746 ) Estamos a observar uma época da paleoantropologia com muitos “nascimentos” de espécimes novos, e outros não tão novos assim, como é o caso do debate recente em torno do já conhecido fóssil de “Bodo” (Etiópia). Esse fóssil, datado de aproximadamente 600.000 anos, antes identificado como um representante do Homo heidelbergensis , acaba de ser o protagonista de uma hipotética mudança quanto ao entendimento evolutivo acerca dos hominínios do Pleistoceno Médio (conhecido também como período Chibaniano – 774.000-129.000 anos Antes do Presente). Em princípio, pode-se pensar que a publicação recente ( Roksandic et al., 2021 ) apresenta uma nova espécie. Porém, a sugestão foi a de utilizar o crânio Bodo como meio de resolução de vários problemas em torno do H. heidelbergensis (sensu stricto e sensu lato), de ordem principalmente taxonômica,

  Pesquisadora Letícia Muller em pesquisa de campo na VHRX Entre os dias 7 e 12 de novembro acontece um dos maiores encontros da América Latina para discussão sobre arqueologia: o XXI Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB). O encontro ocorre a cada dois anos e este, em decorrência da pandemia de Covid-19, será totalmente on-line pela primeira vez. O Lebios está marcando presença com a comunicação Cáries e desgastes dentários de populações pré-contato da Volta Grande do Rio Xingu, Amazônia, Brasil , que tem como objetivo divulgar uma parte dos resultados da pesquisa de doutorado em Bioantropologia no PPGA/UFPA de Letícia Müller, sob orientação do professor Hilton P. Silva. A comunicação será dia 11/11 entre 16-18 horas no Simpósio Temático - ST 22. Bioarqueologia: integrando remanescentes humanos com seu contexto arqueológico , coordenado pelo Professor Pedro José Tótora da Glória, também do PPGA/UFPA. Em decorrência do formato escolhido pelos organizadores apenas i

A discente Karla Pamela Reveles Martines realizou nesta quarta-feira (10/11), às 14:00h, em ambiente virtual, perante uma banca internacional, a defesa de sua dissertação na área de Bioantropologia intitulada “Donde quiera que voy me acuerdo de la mata de moriche: Prácticas de salud en la transitividad migratoria de indígenas Warao en Belém, Pará.” Na perspectiva de facilitar o acesso aos Warao e seu país de origem e acolher a língua materna da candidata, a dissertação foi escrita em Espanhol. Imagem do convite para a defesa de doutorado da Karla Pamela Reveles Martínez Resumo La presencia de indígenas warao en el flujo migratorio venezolano en Brasil ha generado controversias con respecto a la atención a la salud de este grupo. Las trayectorias terapéuticas de las personas en transito migratorio muestran diversos matices en la atención a la salud durante las fases de la migración. En esta investigación se identifican factores de búsqueda y acceso a las prácticas de atención a

  👉🏿 É hoje... 🕰️ Nesta terça-feira, 09.11, às 19h, no Pensar Africanamente 📌 A COVID-19 E OS IMPACTOS NA VIDA DA POPULAÇÃO NEGRA 🔔 Não perca, vá lá e aciona o lembrete... https://youtu.be/T8GTPjrWxt8 📌 Com Márcia Alves e Hilton Pereira Silva. Parceria ABRASCO. Lançamento do E-book POPULAÇÃO NEGRA E COVID-19, que reúne 13 artigos que acompanham a trajetória da pandemia entre julho de 2020 a setembro de 2021. Os artigos informam sobre os problemas estruturais da sociedade brasileira, abordando o racismo, a exclusão e a falta de acesso da população negra a serviços básicos, o que a projeta para o topo dos piores índices da pandemia no que tange ao número de vacinados e infectados e, consequentemente, no total de óbitos. O livro está disponível em: https://www.abrasco.org.br/site/categorias-interna/outras-publicacoes/populacao-negra-e-covid19/62344/#edit Para quem não conseguiu assistir ao lançamento ao vivo, poderá assistir  gravação através do link: https://youtu.be/T8GTPjrWxt8