Bioantropologia no Simpósio Brasileiro de Doença Falciforme, Vitória/ES
Segundo o site do evento: "Embora uma ocorrência milenar, a DF somente foi identificada no Ocidente há pouco mais de cem anos. Apesar disso, no Brasil, somente no século XXI passou a ter visibilidade e suscitou providências do Estado. A PNDF foi instituída pela portaria GM/MS de nº 1391, de 16 de agosto de 2005, sob a condução da Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH), vinculada ao Departamento de Atenção Estratégica (DAE), da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS). O VIII Simpósio Brasileiro de Doença Falciforme, sediado em Vitória, ES, em 2015, dá continuidade a um importante trabalho de cunho científico e de agregação das pessoas com DF, visando ao constante aprimoramento dessa política pública, como já aconteceu em eventos similares no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Salvador. Esses simpósios são bienais e sempre com um foco de aspecto relevante para o progresso da atenção e cuidado em DF nas redes de atenção, contemplando essa população de forma multidisciplinar e multiprofissional. Por isso, o tema escolhido para o evento de Vitória é de fundamental importância: DOENÇA FALCIFORME NAS REDES DE ATENÇÃO E SAÚDE".
Ariana K L S da Silva durante Apresentação Oral no SBDF |
Ariana K L S da Silva durante exposição de pôster |
A doutoranda em Bioantropologia, Ariana Kelly L. S. da Silva, em parceria com o Prof. Dr. Hilton P. da Silva, participaram do VIII SBDF com a Apresentação Oral/Pôster intitulado "Doença Falciforme, Insulto Verbal e Preconceito Linguístico: A Desinformação como Determinante Social em Saúde no Estado do Pará", que discute a perspectiva do estigma vivenciado por pessoas com Doença Falciforme no Pará. O resumo segue abaixo:
Doença Falciforme, Insulto Verbal e Preconceito Linguístico: A Desinformação como Determinante Social em Saúde no Estado do Pará
Ariana K L S da Silva e Hilton P Silva
Resumo:
O artigo discute o insulto verbal e o preconceito linguístico vivenciado por pessoas com Doença Falciforme (DF) no Estado do Pará, tanto nos Serviços Públicos e Privados de Saúde como na Escola, na Família e no Trabalho, resultado de uma pesquisa com 45 interlocutores que convivem com o agravo e que recebem inúmeros apelidos e acintes por causa de sua condição genética. A metodologia foi baseada no levantamento bibliográfico sobre o tema, com entrevistas semiestruturadas e pesquisa qualitativa de caráter etnográfico. Objetivou-se demonstrar como o preconceito verbal/linguístico torna a vida de indivíduos com DF um problema a ser enfrentado. Os resultados indicam que 57% das pessoas sofrem preconceito e discriminação por viver com DF, sendo que o cotidiano biossocial dos interlocutores é considerado como difícil de coexistir. Conviver com apelidos e acintes verbais qualificados pela ‘força’ da Língua Portuguesa é visto como um assunto de saúde pública e analisado como um Determinante Social em Saúde (DSS) entre as pessoas com DF em todo o Estado do Pará, Amazônia, Brasil e outras cidades/estados, cujas sociedades paraense e brasileira necessitam de maiores informações a respeito da doença.
Palavras-chave: Doença Falciforme; Insulto Verbal; Preconceito Linguístico; Estado do Pará.
Outras informações no site: http://www.8simposiodoencafalciforme.com.br/
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