Do Macaco ao Homem é a nova atração do Museu Catavento/SP
Do Macaco ao Homem é a nova atração
do Museu Catavento
O Professor Walter Neves, curador da
exposição "Do Macaco ao Homem", comunica que, finalmente, a exposição
será aberta, de forma permanente, ao público na próxima quarta, dia 09/07/14,
no Catavento Cultural. Ver detalhes abaixo.
São Paulo entra para rota das metrópoles que abrigam grandes exposições
sobre a evolução da espécie humana
Diante da constatação de que faltava no Brasil uma grande exposição museográfica que atendesse aos anseios das pessoas por conhecer um pouco mais sobre sua origem, o Catavento Cultural e Educacional, em parceria com o Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos da USP, concebeu e acaba de implantar a exposição permanente “Do Macaco ao Homem”.
"O objetivo principal da exposição é
mostrar que os conhecimentos sobre o processo de hominização já estão bastante
avançados e que é possível caracterizar, com um elevado grau de certeza, os
principais passos de nossa linhagem evolutiva", explica o antropólogo e
arqueólogo Walter Neves, coordenador do Laboratório de Estudos Evolutivos
Humanos da USP.
Essa possibilidade, segundo Neves, advém do fato de
que, sobretudo nas três últimas décadas, foram encontrados diversos fósseis de
hominídeos, tanto na África, como em outras partes do Velho Mundo. "Hoje
está claro que a evolução de nossa linhagem (bípede) começou há cerca de sete
milhões de anos, quando, pela ultima vez, repartimos um ancestral comum com os
chimpanzés, com quem repartimos 98% de nosso genoma", afirma. E esclarece:
"Entre sete milhões e dois milhões de anos, nossa evolução esteve restrita
ao continente africano, mas com a saída de nossos ancestrais da África, por
volta de dois milhões de anos, esse processo passou a incluir também a Ásia e a
Europa".
A exposição Do Macaco ao Homem está
estruturada em módulos temáticos, autocontidos. Embora, como um todo, a mostra
não esteja organizada de forma cronológica, a cronologia é respeitada em cada
módulo. Logo no início, é apresentada uma árvore evolutiva da linhagem humana,
estendendo-se de sete milhões de anos aos dias atuais. "O principal
objetivo dessa árvore evolutiva é mostrar que já dispomos de uma quantidade
significativa de fósseis que fazem a transição entre os primeiros bípedes,
representados pelo Sahelanthropus tchadensis, e nossa espécie, o Homo
sapiens, que surgiu por volta de 200 mil anos atrás", explica Walter
Neves.
Após essa introdução geral, a exposição se
desenvolve nos seguintes módulos temáticos: a posição do homem no reino animal,
a evolução da locomoção, a evolução da dentição, a evolução do cérebro, a
evolução da aparência física, vis a vis, a aparência física de nossos
parentes mais próximos, os grandes símios, a evolução da tecnologia da pedra
lascada, terminando com um generoso módulo sobre a origem de nossa capacidade
de simbolização e de produção artística.
"Este último módulo é de especial
importância, tendo em vista que ele demonstra que, apesar de nossa linhagem
evolutiva, que é definida pela bipedia, ser muito antiga, remetendo-se há cerca
de sete milhões de anos, é apenas nos últimos 45 mil anos que se pode dizer que
passou a existir no planeta algo que podemos chamar, de fato, de humanidade,
incluindo aí o sentimento de religiosidade", esclarece Neves. Do Macaco ao Homem se baseia num número
significativo de réplicas de nossos ancestrais, bem como de réplicas de
artefatos de pedra lascada e de osso, sendo nesse último caso, de especial
importância, peças de cunho artístico. Esse acervo, único na América Latina,
foi acumulado pelo Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos da USP nos últimos
20 anos.
A exposição é complementada por dois pequenos
documentários: o primeiro, de três minutos, mostra como nossos ancestrais lascavam
a pedra para confeccionar seus artefatos; o segundo, de sete minutos, mostra
como os arqueólogos e os antropólogos lidam com ossos humanos, tanto no campo,
quanto no laboratório.
Necessário retirar senha na bilheteria.
Sobre o Catavento
Fruto de parceria entre as Secretarias
Estaduais da Cultura e da Educação, o espaço foi inaugurado em março de 2009.
São mais de 250 instalações, em oito mil metros quadrados, divididas em quatro
seções (Universo, Vida, Engenho e Sociedade), cada uma delas elaborada com
iluminação e sons diferentes, que contribuem para criar atmosferas únicas e
envolventes. Atrações como aquários de água salgada, anêmonas e peixes
carnívoros e venenosos, uma maquete do sol e uma parede de escaladas onde é
possível ouvir histórias de personalidades como Gengis Khan, Júlio César e
Gandhi, são apenas alguns exemplos de como o visitante pode aprender e se
divertir ao mesmo tempo. No local também é possível conferir as atrações da
Fundação Museu da Tecnologia de São Paulo, que teve seu acervo transferido para
o Catavento no início de 2011. Entre os principais equipamentos estão a
locomotiva Dübs (fabricada em 1888 na Inglaterra que pertenceu à Cia. Paulista
de Estradas de Ferro e foi usada brevemente para o transporte de carga) e o avião
DC-3 (1936), que foi utilizado como cargueiro militar na Segunda Guerra
Mundial.
Serviço
Catavento Cultural e Educacional
Onde: Palácio das Indústrias - Praça Cívica
Ulisses Guimarães, s/no (Av. Mercúrio), Parque Dom Pedro II, Centro
– São Paulo/SP
Telefone: 11 3315-0051 –
atendimento das 11h às 17h
Quando: terça a domingo, das
9h às 17h (bilheteria fecha às 16h)
Quanto: R$ 6 e meia-entrada
para estudantes, idosos e portadores de deficiência. Entrada gratuita aos
sábados.
Idade mínima para visitação: recomendado para
crianças a partir de seis anos
Como chegar: www.cataventocultural.org.br/mapas.asp
Acesso por transporte público: estação de metrô
Pedro II e terminal de ônibus do Parque Dom Pedro II
Estacionamento: R$ 10 até 4 horas
(para visitantes do museu). Adicional por hora: R$ 2,00 (capacidade para 200
carros). Ônibus e vans: R$20,00.
Infraestrutura: acesso para pessoas
com deficiência locomotora.
Organização:
Gestão de Comunicação e Qualidade
Instituto de Biociências
Email: comunica@ib.usp.br
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