LEBIOS Colabora com Atividade sobre a PNSIPN no XIII COPENE


Sessão de abertura do XIII COPENE. Foto: Jacque Serra Freire

O XIII Congresso Brasileiro de Pesquisadores/as Negros/as – XIII COPENE, organizado pela Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN) é um dos maiores eventos acadêmico-científicos brasileiros e latino-americanos voltados para os estudos e debates sobre as questões étnico-raciais e da diáspora africana.

Este ano o evento ocorre em Belém, no período de 10 a 12 de setembro, e a estimativa da organização é que participem cerca de 4 mil pessoas, de todos os estados e também de outros países nas mais de 150 Sessões Temáticas, Mesas Redondas, Oficinas e outras atividades ao longo desses três dias.

Entre as Mesas Redondas do COPENE, destaca-se no campo da saúde a MR 06: “A Saúde da População Negra no Brasil: desafios para a implementação da PNSIPN”, proposta pelo Doutorando Mateus dos Santos Brito, do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia e pelo Prof. Dr. Hilton P. Silva, coordenador do LEBIOS, como parte das atividades da Área Científica sobre Saúde da ABPN (https://www.copene2024.abpn.org.br/atividade/view?q=eyJwYXJhbXMiOiJ7XCJJRF9BVElWSURBREVcIjpcIjQwM1wifSIsImgiOiI2MTI3NDYzNGJhZDU4OWEwMTk3NzJjZDkwOGRhYjc5YSJ9&ID_ATIVIDADE=403)

Em sua versão final, a MR 06 contará com a Coordenação da Profa. Dra. Edna Araújo, da UEFS e as participações de Aurélio dos Santos Borges, da Prefeitura Municipal de Castanhal e da MALUNGO, Jeanyce Gabriela Araújo, da UFMG, Ana Leia Cardoso, do Coletivo Nacional de Saúde da CONAQ e Marcos Costa, do DEPROS/MS.

Atividades da MR "Saúde da População Negra no Brasil: desafios para a implementação da PNSIPN” na XIII COPENE.

A MR 06: “A Saúde da População Negra no Brasil: desafios para a implementação da PNSIPN” será realizada no dia 11/09/2024, das 14:00 às 16:00, no Auditório Eneida de Moraes, no Palacete Faciola, que fica na Av. Nazaré, no. 138.
 
Resumo: Esta MR é uma proposta coletiva da Área Científica de Saúde da População Negra da ABPN e buscará apresentar um panorama sobre a situação epidemiológica atual, as políticas públicas, os desafios e agendas de luta para a saúde da população negra e quilombola no país, a partir da perspectiva dos desafios para a implementação da Política Nacional de Saúde integral da População Negra (PNSIPN) e das ausências de políticas de saúde com foco na população quilombola. O objetivo é oportunizar informações oficiais e construir conhecimentos sobre a população negra rural, as políticas públicas de saúde, o enfrentamento de questões relacionadas ao racismo institucional, às doenças e agravos mais frequentes nestes grupos, as relações entre saúde e vulnerabilidade social e ambiental, os diferentes impactos dos determinantes sociais em saúde nos grupos negros e quilombolas, as relações entre medicina tradicional e medicina alopática, o desenvolvimento de políticas públicas para a população negra, programas, serviços e tecnologias em saúde voltadas para estes grupos, na busca por superação das barreiras à população negra no acesso à saúde. Embora se registrem avanços importantes como o Estatuto da Igualdade Racial, a Lei n° 10639/03, a PNSIPN e da PNSPCFA, ainda há relativamente poucas pesquisas sobre a saúde da população negra e quilombola, particularmente na Amazônia, bem como os impactos dessas legislações no conjunto da população negra brasileira. Além disso, tem havido pouco estímulo para a formação de pesquisadores e a realização de programas e atividades de formação no campo da saúde voltados para os estudantes e profissionais com enfoque nas populações negras e quilombolas. Esta mesa fará um debate sobre o "estado da arte" na implementação das políticas públicas, as pesquisas recentes e as propostas defendidas pelos movimentos sociais negros e quilombolas na saúde, oportunizando o conhecimento da temática aos interessados, e contribuindo para a construção de novas iniciativas de investigação e análises sobre a saúde de populações vulnerabilizadas.

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Mulheres na Bioantropologia

Imagem
Embora os nomes masculinos sejam muitas vezes os mais lembrados (P. Broca, F. Boas, A. Hrdlicka, E. Roquette-Pinto, L. Leakey, D. Johanson), as mulheres sempre marcaram presença e fizeram contribuições fundamentais ao campo da Bioantropologia, desde quando ainda se chamava Antropologia Física ( https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ajpa.23912 ). Ao longo do século XX, apesar de inúmeras barreiras e desafios de uma área ainda dominada por homens, o número de mulheres trabalhando com antropologia biológica e forense cresceu exponencialmente ( https://escholarship.org/content/qt1n42j2m0/qt1n42j2m0.pdf ) e pesquisadoras como Mildred Troter, Mary Leakey, Jane Goodall, Trudy Turner, Darna Dufour, Dean Falk, Nina Jablonsky, Heloisa Alberto Torres, Eugênia Cunha e Cristina Padez passaram a desfrutar do merecido reconhecimento por suas importantes contribuições ao campo. Heloísa Alberto Torres, primeira professora concursada de antropologia e etnografia do Brasil (1925) e primeira diretor...
Leia mais

Ilha do Marajó: Fome e Determinantes Sociais da Saúde no Contexto da Pandemia

Imagem
Foto: Reprodução. No Estado do Pará, a cidade de Melgaço, localizada na Ilha do Marajó – a maior ilha costeira do Brasil, sendo também a maior ilha fluviomarítima do mundo –, é o município do interior da Amazônia com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, de acordo com o último censo ( IBGE   2010 ), ocupando a marca de 0,418 de  IDH  em 2013, o que equivale a pior posição nacional, perdendo apenas para a cidade de Fernando Falcão, do Estado do Maranhão (MA), com IDH de 0,443 (2° lugar), seguidas pelas cidades marajoaras de Chaves com IDH de 0,453 (6° lugar) e Bagre com IDH de 0,471 (8° lugar); e Cachoeira do Piriá, com IDH de 0,473 (9° lugar), localidades paraenses com números degradantes de analfabetismo, fome, sanitarismo e corrupção política, fatores que dificultam sobremaneira a melhoria dos dados em questão. O IDH é avaliado de acordo com as informações de expectativa de vida ao nascer, educação e índices per capta do Produto Interno Bruto...
Leia mais

Cinco Provas da Evolução das Espécies

Imagem
Reconstituição facial do gênero Homo . Fonte: Google Imagens A Evolução das Espécies em 05 provas! Reportagem da UOL descreve algumas provas que contribuíram para que a Teoria da Evolução, protagonizada por Charles Darwin (Wallace e outros teóricos), consiga mensurar de onde viemos, isto é, qual a origem de nosso gênero Homo sapiens sapiens e de que modo esses processos de mudança morfológica (e sociocultural) nos tornaram Humanos, no sentido estrito do termo. A Bioantropologia tem especial interesse em conhecer, acompanhar e divulgar os caminhos que esses especialistas desenvolveram até os dias atuais a fim de elaborar explicações plausíveis que tenham dado lugar aos primórdios de nosso processo de co evolução.  Vamos à matéria! Por Salvador Nogueira 26/05/14   06:04 Este é um assunto dos mais controversos: a origem das espécies, desde as bactérias mais simples até os orgulhosos seres humanos. A razão básica da confusão é que algumas pessoas querem ...
Leia mais