Alta prevalência de anticorpos anti-SARS-CoV-2 na população indígena Xikrin do Bacajá (Kayapó) na Amazônia Brasileira

A pandemia de COVID-19 causada pelo vírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave tipo 2 (SARS-CoV-2) alcançou a Amazônia Brasileira e espalhou-se entre as populações indígenas. O presente estudo demostra uma alta prevalência de infecção entre a população indígena Xikrin do Bacajá (Kayapó). Uma amostra de cem indivíduos, de ambos os sexos (51 homens e 49 mulheres), com idades variando ente 2 e 82 anos foram clinicamente avaliados e testados para a presença de anticorpo IgG anti-SARS-CoV-2. Entre todos os indivíduos investigados, 58 estavam IgG-reagentes (58%) pelo teste rápido e 73 (73%) estavam reativos em um ensaio de imunoabsorção enzimática, sem diferença entre os sexos. A saturação de oxigênio variou entre 82% a 99%, com o nível mais baixo observado em uma menina de dois anos de idade. Os resultados mostram que, como esperado, a infecção por SARS-CoV-2 alcançou rapidamente 70% da população, provavelmente por causa da dificuldade de manter o distanciamento social devido a suas características culturais. Esses resultados destacam a importância de políticas de saúde indígena como forma de minimizar os impactos causados pela pandemia nessas comunidades.

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