Blog Bioantropologia na Amazônia

Este volume trás o Dossiê “Antropologías Latinoamericanas (Y Experiencias Teórico-Prácticas) Indisciplinadas” (ARA, Vol. 15 No 2, julho-dezembro 2023), com participantes de três Grupos de Trabalho da Asociación Latinoamericana de Antropología (ALA): Antropologías disidentes e indisciplinadas, Antropología de las Antropologías Latinoamericanas (AdALA), e Sistemas científicos en perspectiva comparada. São oito artigos originários de cinco países, organizados pelo Prof. Dr. Fabiano Gontijo, do PPGA, a Profa. Dra. Annel Mejias, Universida de Los Andes, e o Prof. Dr. Estevão Rafael Fernandes, da UFRD. O dossiê tem artigos em espanhol, português e inglês. 📌 Presentación al dossier: Antropologías Latinoamericanas (y Experiencias Teórico-Prácticas) Indisciplinadas Fabiano Gontijo (Brasil), Annel Mejías Guiza (Venezuela), Estevão Rafael Fernandes (Brasil) 📌 Instrumentalización del Conocimiento: A propósito de la colonialidad del saber Javier Romero (Bolivia) 📌 Is a peripheral agenda for Anth

Antropologia forense. Fonte: CHC 297 Entre 31 de março e 1 de abril de 1964 dava-se o golpe de Estado que derrubou o presidente João Goulart (Jango) e instalou a ditadura militar no Brasil, que duraria 21 anos, causando repercussões que perduram até hoje. Embora haja controvérsias em relação a qual foi a data exata do golpe, o fato inegável é que ele se deu no âmbito de um conjunto de intervenções ditatoriais militares em diversos países da América Latina que, segundo as Comissões da Verdade de diversos países resultaram em mais de 85.000 mortos e desaparecidos, muitos dos quais ainda permanecem sem identificação, e seus corpos jamais foram entregues às famílias. Porém, com o fim das ditaduras no continente, após mais de duas décadas de regimes militares sanguinários, na década de 1990 começaram a operar em diversos países equipes multidisciplinares com forte envolvimento de antropólogos/as e arqueólogos/as forenses em parcerias muitas vezes com as famílias, com ONGs ou em alguns casos

Nesta 5ª feira se realizará na capital paraense a Conferência Livre Sobre Ciência e Desenvolvimento na Região Amazônica. Uma iniciativa da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e do grupo Protagonismo Amazônida, em parceria com o Ministério da Ciência em Tecnologia (MCT), a UNAMA, a UFPA, a UNB, a UFRA, a FASE, a FINEP e o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), o evento tem como objetivos analisar a situação do desenvolvimento científico da região e propor alternativas a partir de uma visão de instituições, pesquisadores e atores sociais da região. As recomendações feitas a partir dos debates realizados ao longo do dia comporão um relatório final que será enviado ao MCT e demais ministérios, FINEP, CNPQ, SBPC e a todas as instituições ligadas a CT&I na região. O coordenador do LEBIOS, prof. Dr. Hilton P. Silva, que é paraense, docente do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) e do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva na Amazônia, da UFPA, e do Núcle

Plenária de abertura do 49th Annual Meeting of the Human Biology Association. Fonte: HBA Esta semana ocorre em Los Angeles, EUA, o mais importante evento de bioantropologia das Américas. Trata-se do 49th Meeting of the Human Biology Association ( www.humbio.org ), que reúne mais de trezentos participantes, dos EUA e diversos outros países, professores e estudantes, de forma presencial e on-line, para apresentar em formato de pôsteres e comunicações orais, suas pesquisas bem como discutir os principais desafios e o futuro da bioantropologia no continente ( www.humbio.org ) . Uma parte fundamental do congresso nos últimos anos tem sido uma sessão (Place Based Session) onde os membros de diversos países tem a oportunidade de mostrar seu trabalho a partir de um convite da coordenação de relações internacionais da HBA ( www.humbio.org/oficers-and-committees ). Este ano a Place Based session, que ocorre na sexta-feira, dia 23 de março, tem como tema Perspectives on Biological Anthropology in

Os membros do LEBIOS receberam hoje com consternação e profundo pesar a notícia do falecimento do Prof. Dr. Samuel Sá. O Prof. Samuel foi fundador, membro estruturante e colaborador de diversas unidades da UFPA como o NAEA, o IFCH, a FACS, o PPGSA, o Laboratório de Antropologia Arthur Napoleão Figueiredo, o Museu da UFPA, e também colaborou em atividades do PPGA. Por ter recebido formação de mestrado e doutorado nos quatro campos da antropologia, sempre foi um parceiro e apoiador de primeira hora da Bioantropologia e do LEBIOS. Ao longo de sua vida profissional ele se pautou pela prática e o ensino da ética e da solidariedade acadêmica, e foi um promotor incansável de diálogos entre a antropologia e a área da saúde. Samuel Maria de Amorim e Sá fez graduação em Ciências Sociais na Universidade Federal do Pará (1967), mestrado e doutorado em Antropologia na University of Florida Gainesville (1976, 1980). Nos EUA, foi orientado pelo lendário Charles Wagley (1913-1991) um dos mais influent

Embora os nomes masculinos sejam muitas vezes os mais lembrados (P. Broca, F. Boas, A. Hrdlicka, E. Roquette-Pinto, L. Leakey, D. Johanson), as mulheres sempre marcaram presença e fizeram contribuições fundamentais ao campo da Bioantropologia, desde quando ainda se chamava Antropologia Física ( https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ajpa.23912 ). Ao longo do século XX, apesar de inúmeras barreiras e desafios de uma área ainda dominada por homens, o número de mulheres trabalhando com antropologia biológica e forense cresceu exponencialmente ( https://escholarship.org/content/qt1n42j2m0/qt1n42j2m0.pdf ) e pesquisadoras como Mildred Troter, Mary Leakey, Jane Goodall, Trudy Turner, Darna Dufour, Dean Falk, Nina Jablonsky, Heloisa Alberto Torres, Eugênia Cunha e Cristina Padez passaram a desfrutar do merecido reconhecimento por suas importantes contribuições ao campo. Heloísa Alberto Torres, primeira professora concursada de antropologia e etnografia do Brasil (1925) e primeira diretor